Trecho do livro "Percorrendo o caminho da compaixão"

Sem subjugar o adversário, que é a sua própria raiva,
ao combater inimigos externos estes apenas se multiplicarão.
Portanto, com um exército de amor e compaixão,
Domar a própria mente é a prática do bodhisattva.

A raiva é o nosso verdadeiro inimigo. É um obstáculo que liquida as causas dos estados mais elevados de nascimento e a excelência suprema, que é a liberação. Se não a domarmos, os inimigos externos irão simplesmente se multiplicar. Aumentarão na mesma proporção que tentarmos derrotá-los. Eles podem representar um perigo às nossas vidas e à nossa habilidade de manter qualquer um dos três conjuntos de votos (liberação individual, bodhisattva e tântrico) que viermos a tomar.

Uma vez que nós mesmos fazemos dos outros um inimigo, eles podem se proliferar ilimitadamente. Ao criar tais projeções, nos engajamos em ações que são prejudiciais. Por quê? Porque não há um único ser vivo que não foi nossa mãe ou nosso pai, e, portanto, todos eles devem ser objeto de nossa compaixão. Por outro lado, não há sequer um ser vivo que não foi nosso inimigo. Dessa forma, todos os seres vivos são igualmente nossos amigos e inimigos. Portanto, ficar apegado a alguns e odiar outros não faz sentido. Com uma mente que enxerga essa paridade, devemos domar o inimigo, a nossa própria raiva, com um grande exército de compaixão. Essa é a prática do verdadeiro bodhisattva.

 

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